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In Memoriam Marli Gessner.

A madrugada está lenta, a morte é um aviso de que a vida é de fato passageira. Não levamos nada, e tudo que nos resta é lembranças do que realmente fomos perante as pessoas que estiveram em nossa longa ou curta caminhada.

Lembro-me da minha tia que poucos anos tive contato da luta constante do seu câncer. Ela deixou sua mãe, seu filho, seu marido e seus familiares. Não conheceu o(a) seu(sua) neto(a) no qual falou com tanta alegria no Natal passado.

Sinto-me como se tivesse perdido uma parte da minha história. Era a tia que mais tinha afinidade, que conhecia a minha vida, e que sempre batalhou pela igualdade entre as suas irmãs. Deixou entre nós a lição de uma vida cumprida, que até ano passado salvou a vida da sua própria mãe (minha avó materna).

Não encontro palavras para aliviar a dor que sinto. Escrevo tentando diminuir a intensidade das lágrimas que não dão trégua. Escrever é ainda a minha melhor companheira. A vida é essa mesma, e não tem volta.

Agora já são 03h10min do dia 30/01/2010, uma hora que a notícia foi dada. O sono se evaporou. Dormir já não faz mais sentido. Dormir pode ser um abraço para a morte. Minha tia foi levada por um ataque cardíaco nesta noite.

Minha tia não será sepultada em sua cidade natal, mas se eu não conseguir ir à cidade de Guaramirim/SC, em pensamentos estarei com ela por onde ela estiver...

Oh Deus! Aceite de braços abertos essa humilde alma que nos deixou através da sua própria vontade. Amém!


Graciele Gessner.
30.01.2010.