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A hora da verdade.

Imagem do Google.


... O amanhecer do outro dia chegou, ela mais uma vez me esperava na janela. A ausência do seu felino me deixou mais a vontade, pois não estava ali para me observar contemplando a sua dona. Sim, ela estava mais uma vez nua e provocante. Ela não me cumprimentou, tinha uma rosa vermelha na sua mão esquerda. Estava se acariciando com a rosa, quando percebi meu corpo estremeceu, um arrepio atravessou as minhas costas.

Ao passar defronte à porta de sua casa, não hesitei, atravessei o caminho do jardim. Bati na porta. Ela atendeu apenas vestida com uma calcinha com sua rosa e outro detalhe, ela tinha um piercing no umbigo. Nunca tinha visto este detalhe, mas hoje, vi! Como não ver?! Aquela sedutora pele, tão morena e cuidada... Tão macia... Perdi a noção do perigo, apenas agarrei-a e beijei. Aquela rosa voou longe.

Senti que o meu corpo, os nossos corpos não tinham mais tempo para perder. Simplesmente, tinha que ser, e foi. Ela não negou, e confirmou a minha suspeita: ela é a pura tentação do inferno. Desta vez, não controlei as minhas vontades, manifestei todas as minhas insanidades e explodi os meus desejos reprimidos do dia anterior. Todos os desejos da tentação expostos e revelados.

... É ela a minha loucura, a minha resposta dos fatos. É ela que me provocou na hora errada. Sou eu que não me controlei e avancei. Mas foi ela que não se comportou. Um dia pode passar, mas o segundo dia requer uma postura, uma reação de homem. Esta é a verdade dos fatos. Uma mulher perigosa na janela... disposta a se deitar com aquele que ela escolher.

Graciele Gessner.

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PS: Leia a primeira parte deste conto: "O desejo da tentação".